quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Arquétipo dos Sentidos

A felicidade vaga em ermo dobrando as esquinas,
Ninguém jamais a encontrou tampouco soube o que é realmente felicidade.
E ainda não sendo completamente compreendida,
Não se pode ter respostas unívocas ou querer encontrar potes de ouro no arco-íris.
Pessoas felizes sorriem nesse curto espaço de tempo incertamente certas
Percorrendo inusitadamente o caminho, deixando no muro a felicidade.

Eureca! É possível dar significados aos sentidos,
Afinal, todos somos poetas, mas poucos sabem disso.
Imagens suscitam conexões, verdade ou não,
Pode não ser possível expressar totalmente isso,
Poucos o fazem, mas há quem tente.

A vida é sublime, néscio é quem genuinamente não vive ou desgosta o viver,
Mas quem afinal faz do hedonismo uma constância, ou sempre acorda em nirvana?
Talvez tudo o que toca seja mesmo real,
Através da maiêutica possa se encontrar a verdade da realidade ou se não,
Acreditar para dar existência e ter utopicamente a realidade da verdade.

A luz traz sentido à visão, mas às vezes é necessário mergulhar
Na profunda escuridão para que se possa enxergar.
Fotografar sem a contemplação dos olhos,
Expressar-se através de um instrumento musical sem o ouvir,
É um isomorfismo, um caminho, uma luz, talvez.

Quem usa a linguagem verbal coerentemente é capaz de gerar uma terceira totalidade,
Quem busca a verdade pode se deparar com a caixa de pandora
E talvez encontrar o que realmente difere o mythos do logos,
Um arquétipo da própria imaginação,
Privar a inquietação de um calcanhar de Aquiles
E perceber se os deuses realmente habitam o olimpo ou o nosso acreditar.