quinta-feira, 16 de abril de 2015

Freyr

Vá idade, aproxime-se.
Deixa-me,
Leva-me,
Suscita-me...

Faça-me de novo,
Leva-me daqui
Deixa-me...

Vaidade, retire-se.
Parta-me,
Ofusca-me,
Nega-me...

Recordo-me a tua inexistência,
Então, cega-me lentamente,
E rompa-me...

Enlevado por entre minhas próprias mãos,
Volvo-me capaz em divisar-me diante a tudo o que temo.
Acerco-me da razão que emana o coração,
Talvez como Odisseu perante Polifemo.

Me frusto, me alegro, me intento
Compreendo-me, para a verdade encontrar.
Vejo-me além, ouço-me, me invento,
Nas folhas ao vento venho tardar.



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