sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Quimera


Quando amanhecer o dia,
e o sol da manhã
clarear as flores do campo e as águas doces do oceano,
refletindo o seu brilho e a sua pureza em meu rosto.
Verei apenas a minha face e nada mais além?
Como te encontrar onde não posso ver?
Como te sentir sem poder te tocar?

Quando em meio a tarde
as ondas do mar tocarem meus pés junto a areia
eu estarei só, de mãos dadas ao vento?
Vivendo uma vida sem sentido, com o pensamento útopico?
Destinado a um futuro sem razão, sendo que você é o meu presente?

Quando a tarde cair,
o sol se pôr,
e a noite chegar,
o que farei eu na escuridão da noite?
Clareado pela luz incidida da lua, observando o movimento estelar,
recebendo a leve e suave brisa do vento em minha face,
e não te-la em meus braços.
As reticências terão um fim?
Uma vírgula, um ponto?

O meu eu depende de você para ser eu.
O meu eu deixou de ser eu, para ser nós.
          

2 comentários:

  1. Uma delicadeza...amei...as dores do amor acabam nos tornando sensíveis demais e poetas...bemvindo ao clube!

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  2. A dor nos ensina a viver

    Do modo mais cruel, mas que de fato isso nos torna um pouco mais forte.

    Quando se cai se quer levantar e fazer o melhor possível para superar e expressar o que sentiu, o que passou e mostrar o quanto cresceu através do sentimento, que sempre te permaneceu oculto.

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